terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Brasil ocupa a sétima posição no mercado mundial de helicópteros!!

Sendo o país com maior frota civil e com a única linha de montagem da América Latina. Trata-se de um nicho de mercado que revela crescimento constante nos últimos anos e que, segundo dados da Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe), vem registrando mudança na percepção mercadológica.
O aumento das aplicações de uso e a descentralização do mercado geram a necessidade de construção de novos helipontos. Atualmente, é raro o projeto de edifício administrativo em São Paulo que não contemple a construção de uma área de pouso/decolagem de helicópteros. Da frota total do país, de 990 aeronaves, a região Sudeste detém 745 (453 no estado de São Paulo, 184 no Rio de Janeiro e 102 em Minas Gerais). No Distrito Federal há 39.

Tipos de estrutura
O projeto de um heliponto considera um tipo determinado de aeronave - chamada helicóptero de projeto -, que servirá de base para o cálculo das dimensões da área de pouso e decolagem e da capacidade portante da plataforma. “É importante ressaltar”, que as dimensões mínimas de um heliponto são de 18 x 18 metros e a capacidade portante de duas toneladas-força.”
Além das dimensões e da capacidade portante, existem outros aspectos a considerar. Um deles é a rampa de acesso, caminho que o helicóptero percorrerá para pousar/decolar. Ela deverá ter inclinação de 13:1 (a cada 13 metros, na horizontal, deverá ser elevado um metro na vertical); obstáculos como torres, prédios e antenas deverão ficar abaixo dessa inclinação. Além disso, o projeto de arquitetura do heliponto não poderá conter obstáculos para as rampas de acesso, exigindo atenção especial quanto à localização de escadas, rampas e elevadores.
O tamanho do heliponto é definido em função das dimensões do helicóptero de projeto adotado. Quando é maior que a projeção do andar-tipo, torna-se necessária a execução de balanços. “Para estruturas bem projetadas não existem pontos negativos que possam causar problemas”.

Concreto
As estruturas de concreto são ideais no caso de construções novas, executadas com esse material. Pode-se prever um reaproveitamento de fôrmas e utilizar a equipe que já está na obra.
• Vantagem: no Brasil, representa menor custo.
• Desvantagens: dificuldade de execução dos balanços, principalmente pela necessidade de escoramentos em locais muito altos, e também o elevado peso. Como elemento estrutural, tem limitações em caso de reforma. A troca do helicóptero de projeto para um de maior dimensão, por exemplo, exige aumento de tamanho da plataforma.

Dimensionamento
Para dimensionamento dos helipontos são consideradas três hipóteses de carga:
• HIP.I - Peso próprio + sobrecarga de 300 kg/m2.
• HIP.II - Peso próprio + carga de impacto da aeronave correspondente a 75% do peso total do helicóptero de projeto atuando nos pontos mais desfavoráveis da área de toque + 100 kg/m2, devido às cargas aerodinâmicas de pouso e decolagem.
• HIP.III - Combinação da análise de ventos pela NBR 6.123 com as HIP. I e II no somatório da situação mais desfavorável. A hipótese da ocorrência de ventos de alta intensidade com o helicóptero amarrado ao heliponto não é considerada, pois admite-se ser a carga atuante nas amarras menor do que a de impacto. Todos os elementos principais devem ser contraventados.

Normas técnicas
As cargas de dimensionamento do heliponto obedecem a critérios especificados em normas. Nos últimos anos ocorreu uma simplificação do processo de aprovação de projetos, a partir da publicação da IAC 4.301. Para o dimensionamento das cargas, são consideradas as regulamentações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Aeronáutica.

Cargas pela ABNT
Todo heliponto se caracteriza como um terraço e, assim, deverão ser levadas em conta, em seu dimensionamento, as cargas da NBR 6.120, isto é, 300 kg/m2 em toda a sua extensão, onde houver acesso livre a pessoas. Nos helipontos em desnível, a consideração de carga na área de pouso poderá ser descartada, evitando o acesso de pessoas.

Cargas pela Aeronáutica
Segundo as normas estabelecidas pelo Ministério da Aeronáutica (Icao), a portaria 18/GM5 estabelece que “todo piso de heliponto deverá ser dimensionado para uma carga pontual de 75% do peso total do helicóptero, atuando numa área de 0,09 m2”.

Ruído e conforto ambiental
Helipontos construídos próximo a janelas de prédios são obrigados a atender à lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), que introduziu instrumentos urbanísticos e ambientais na busca de um desenvolvimento sustentável e de respeito à função socioambiental da propriedade urbana. Assim, em alguns locais da área urbana, os helipontos ficam limitados a duas ou até uma única operação de pouso e decolagem por dia.
A NBR 10.151 estabelece uma média permissível de ruído para o período diurno (mais tolerável) e outra para o noturno (mais restritiva). Nos casos em que os helipontos ficam muito próximo de residências, pode não ser permitida a operação à noite.
As normas prevêem distância mínima entre helipontos. Porém, a experiência tem demonstrado que, através do controle de rádio entre pilotos, é possível garantir a segurança operacional. Quando realizado o projeto aeroportuário, é feita uma análise das rampas de aproximação, para garantir que não ocorra interferência. Essa avaliação é sempre submetida à aprovação do Serviço de Proteção ao Vôo do Ministério da Aeronáutica. As principais indicações das normas constam da portaria 8/GM5, IAC 4.301 e portaria 1.141.
Fonte: O heliponto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO

DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO
O rotor é inclinado para o lado, o helicóptero parte para o lado e inclinado. Na prática seria muito difícil deslocar como um só bloco o rotor, a caixa de redução e todos os elementos associados, na direção desejada pelo piloto. É por isso que as pás são fixadas na cabeça do rotor por meio de articulações. Pelo jogo de batimentos verticais a pá pode girar em um plano qualquer em relação ao plano da cabeça. Compreende-se melhor o movimento associando-o ao funcionamento de certos brinquedos dos parques de diversão: pequenos aviões fixados nas extremidades de braços que sobem e descem durante a rotação. Obtém-se o movimento de batimento vertical dando as pás uma variação cíclica de passo, isto é, um passo que varia durante a rotação - os esforços aerodinâmicos resultantes fazem bater ciclicamente as pás, o que orienta seu plano de rotação na direção desejada. Uma outra articulação, dita de arrasto, permite à pá girar com movimento regular, quaisquer que sejam as variações do plano de rotação comandadas pelo piloto.

CRESCIMENTO DE HELIPONTOS

CRESCIMENTO DE HELIPONTOS
Com o desenvolvimento e crescimento do número de helicópteros, em seus diversos tamanhos, pesos e tipos de operações, houve a necessidade de se elaborar regras importantes a bem da segurança dos tripulantes, passageiros, pessoas no solo e ao patrimônio. Ou seja, o helicóptero, salvo em condições excepcionais, não pode operar pousos e decolagens em locais não homologados pela ANAC. Basicamente um heliponto precisa ter uma área e resistência do piso compatível com a maior aeronave a pousar no local, observando rampas de pouso e decolagem, interferência em vizinhanças, obstáculos mais próximos, interferências em aeródromos e outros helipontos, etc. Tudo isto esta previsto em normas específicas emitidas pela ANAC (veja aqui a relação das normas para heliponto). Apenas para se ter uma idéia deste universo, temos hoje uma quantidade de helipontos homologados em torno de 860 unidades. Sendo que 477 unidades estão no estado de São Paulo. A título de ilustração, para demonstrar o quanto é importante um heliponto, se considerarmos um raio de 200 Km a partir do "marco zero" da cidade de São Paulo temos aproximadamente 453 unidades. Com isto surgiu a necessidade de empresas, tal qual a Airsoft, conhecedoras das regras e especializadas para orientar, assessorar, elaborar projetos, proceder com a burocracia da homologação, construção e manutenção dos helipontos.

Percentual de helicópteros em operação no Brasil.

Percentual de helicópteros em operação no Brasil.

Decolagem Segura

Decolagem Segura
O correto procedimento de decolagem para helicópteros da categoria “A” depende do tipo de heliponto. Ambos os tipos de decolagem, normal e abortada, a partir de um heliponto relativamente grande (heliponto desimpedido). Neste caso, o objetivo do piloto durante a decolagem deve ser rápida aceleração para uma velocidade com que a demanda de energia é baixa o suficiente para uma subida de 100 ft/min ser mantida no caso de falha de um dos motores (PROUTY, 1992).

DECOLAGEM SEGURA

Quanto maior o peso, a altitude e a temperatura, maior será a velocidade mínima de subida, que é conhecida como a velocidade de decolagem de segurança ou Vtoss (Takeoff Safety Speed). O ponto dentro da trajetória de voo em que a Vtoss pode ser atingida sem se aproximar do solo a menos que 35 pés é chamado de ponto de decisão crítica (CDP). Abaixo do CDP, uma falha de motor tem que ser tratada como uma decolagem abortada por flaring e pouso em linha reta à frente (PROUTY, 1992).

A distância total original da decolagem até o ponto de parada final dependerá de onde, ao longo da trajetória, o CDP está localizado. Este, por sua vez, depende do peso bruto do helicóptero e dos efeitos da altitude e da temperatura na potência máxima que pode ser obtida com o motor remanescente (PROUTY, 1992).

Um mesmo heliponto, grande o suficiente para lidar com uma decolagem abortada de um helicóptero totalmente carregado em um dia frio, pode se tornar muito pequeno para um helicóptero operando nas mesmas condições, porém em um dia quente. Neste caso, a carga útil tem que ser reduzida para se manter o mesmo nível de segurança durante a decolagem. Isto não é exclusividade dos helicópteros de transporte. Se a falha de motor ocorrer além do CDP, o helicóptero pode voar para outro local ou retornar ao seu ponto de decolagem em uma condição próxima da condição normal de voo (PROUTY, 1992).

TAXA ANUAL DE ACIDENTES COM HELICÓPTEROS

Os principais fatores contribuintes para acidentes com helicópteros na europa são o julgamento e ações do piloto e as deficiências dos operadores na cultura e gestão de segurança.

Estes são alguns dos muitos resultados de uma análise detalhada de 311 relatórios de acidente com helicópteros na europa entre 2000 e 2005, lançado este mês na reunião da international helicopter safety team (ihst), em cascais, portugal.

A análise, do ramo europeu da ihst – o european helicopter safety team (ehest) – revela que não há ainda nenhum sinal real de progresso para o objetivo final da ihst de uma redução de 80% nos acidentes de helicóptero até 2016.

No entanto, embora o ihst já exista há cinco anos, o primeiro dos instrumentos de que pretende influenciar o desempenho da segurança só agora foi desenvolvido, e foi disponibilizada para os operadores. esta defasagem é inevitável, pois a estratégia de formação de equipes de estudo baseados rigorosamente na análise de dados concretos, acabou por tomar muito tempo das unidades regionais do ihst para coletar os dados contidos nos relatórios finais de acidentes oficiais em um período definido de cinco anos.

Fonte : Flightglobal / Por David Learmount

HELIPONTOS

HELIPONTOS

O CROQUI FAZ PARTE DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES.

O CROQUI FAZ PARTE DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES.

FATORES CONTRIBUINTES EM ACIDENTES COM HELICÓPTEROS.

Em quarto lugar são “questões de dados”, que não é realmente um fator causal, mas uma admissão de que a maioria dos relatórios acidente de helicóptero não fornecem todos os detalhes que deveriam ter sido capaz de fornecer caso o relatório fosse realmente utilizado para a prevenção de acidentes futuros, que é uma falha do sistema em si.

Em quinto lugar vem a falta de consciência situacional do piloto, seguido de perto pelo risco da missão, e as deficiências de regulamentação.

Falha de projeto ou sistemas das aeronaves aparecem bem abaixo na lista, fora do top cinco, então a crença da velha história de que as incertezas inerentes dos helicópteros são a principal causa dos acidentes não é simplesmente corroborado pelos dados. Em suma, os dados mostram que é o ser humano, e não as máquinas, que causam os acidentes.

As “recomendações de intervenção” da equipe de implementação são derivadas de dados concretos sobre o que aconteceu e porquê. A organização acredita que essas são as ações que, se aplicadas, poderiam tornar viável a meta de redução de 80% nas taxas de acidente de helicóptero até 2016. As categorias genéricas que necessitam de atenção são:

  • Operações e gestão/cultura de segurança (Operations and safety management/culture)
  • Formação / instrução
  • Normas regulamentares e diretrizes (Regulatory standards and guidelines)

EHEST concluiu que o operador do helicóptero médio não tem preparo para a missão, análise de risco e procedimentos operacionais padrão implementados suficientemente a sério. Além disso, características comportamentais de gestão tendem a ser repetidas individualmente pelos pilotos.

COLETÂNEA DE ACIDENTES

COLETÂNEA DE ACIDENTES

TEORIA APLICADA NO CURSO DE SEGURANÇA DE SOLO EM HELIPONTOS!

TEORIA APLICADA NO CURSO DE SEGURANÇA DE SOLO EM HELIPONTOS!
Materiais de pesquisa: NBR (ABNT) - NR (MT) - ICAO - NSCA - ICA.

QUAL O VALOR DA SEGURANÇA?

QUAL O VALOR DA SEGURANÇA?

QUANTO MENOR O TEMPO RESPOSTA, MELHOR É A EFICÁCIA DO COMBATE AO FOGO E RESGATE DOS TRIPULANTES.

QUANTO MENOR O TEMPO RESPOSTA, MELHOR É A EFICÁCIA DO COMBATE AO FOGO E RESGATE DOS TRIPULANTES.

CAPACITAÇÃO & TREINAMENTO

CAPACITAÇÃO & TREINAMENTO
Após capacitação teórica é realizado treinamento prático, ministrados na empresa contratante, para formação ou renovação ou reciclagem da brigada de incêndio. Conforme ABNT (NBR) 14276 e NR 23, ministrados por profissionais altamente qualificados. Com fornecimento de certificado de formação de brigada de incêndio.

Quem sou eu

Minha foto
Especialista com 20 anos de experiencia na área de Segurança Operacional e Contra Incêndio em Aeronaves (Fixa e Rotativa).

CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS (MEC)

CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS (MEC)
MINHA FORMAÇÃO TÉCNICA

Como o Helicóptero Pode Voar?


O helicóptero é um aparelho capaz de levantar voo na vertical por possuir uma hélice na parte superior, que funciona como propulsor.

Quando o motor é ligado, a hélice principal gira, impulsionando o ar para baixo. Pelo princípio da ação e reação, o ar aplica na hélice uma força de reação para cima; a diferença de pressão gerada por ela devido a passagem do ar mais velozmente sobre ela do que abaixo gera diferença de pressão e a união deste dois efeito é o que faz o helicóptero subir.
Qualquer variação da velocidade angular da hélice produz uma variação de seu momento angular, que é a grandeza física que relaciona a massa de um corpo ao redor de um eixo de rotação com a sua velocidade angular.

A rotação da hélice principal tende a girar todo o corpo do helicóptero devido ao torque das forças de propulsão. Para resolver esse problema, os helicópteros são equipados com uma hélice lateral, localizada na cauda do aparelho. Esta, ao girar, empurra o ar e, pelo princípio da ação e reação, o ar empurra a hélice no sentido contrário. Esse “empurrão” anula o giro do corpo do helicóptero, estabilizando o movimento do aparelho.

PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
As clareiras de sonda e as de apoio deverão possuir equipamento para prevenção e extinção de incêndios. – Para operação de reabastecimento e partida a proteção deverá ser feita com equipamento portátil apropriado, manuseado por pessoal habilitado. – Para extinção de incêndio deverá ser previsto extintores de espuma e de agentes complementares (pó químico e CO2), de capacidade compatível com as dimensões dos helicópteros que vão operar na clareira.

Marcadores

Páginas